21 agosto 2007

O esoterismo dos Contos de Fadas

Esta semana assisti “O LABIRINTO DO FAUNO”. Foi para mim uma história tão linda que suplantou o cenário triste e violento da Guerra Civil Espanhola e do drama vivido pela pequena Ofélia, a protagonista.

O filme tem todos os ingredientes necessários a um bom Conto de Fadas. Um conto de fadas dirigido ao público adulto, mas que faz-nos nostalgicamente retroceder no tempo e vivenciar esse universo mágico e rico que é o imaginário infantil.

Os contos de Fadas tradicionais foram transmitidos oralmente por várias diferentes culturas, e foram compilados e publicados pela primeira vez pelos irmãos Grimm em 1786. Dizem que eles saíam pelo interior da Alemanha e outros países da Europa, perguntando sobre pessoas que sabiam e contavam histórias para crianças. Diz-se que uma certa vez, descobriram uma senhora, já bem velhinha, que sabia muitos contos infantis antigos, e aceitou contar-lhes todos, contanto que os mesmos a visitassem todas as tardes para um chá. E assim foi feito. A cada tarde a senhora contava aos Irmãos Grimm, que anotavam palavra por palavra, muitas das histórias que hoje lemos aos nossos filhos.

Hoje se sabe que todos estes contos tradicionais baseiam-se em mitos mais antigos ainda, e possuem uma interpretação profunda, que representa o próprio caminhar da humanidade, a própria existência humana.

Os vilões, bruxas e criaturas do mal, por exemplo, representam as dificuldades e percalços que temos que enfrentar ao longo de nossa vida.

As fadas-madrinhas, gênios e outros personagens que sempre ajudam os heróis são os próprios poderes latentes do homem e a própria natureza, que põem-se em marcha, despertados pela vontade e coragem destes heróis diante dos problemas.

O “e foram felizes para sempre” não é uma visão míope e boba do amor romântico, mas a descrição do momento em que o homem vence seus próprios defeitos e apossa-se do que tem de mais puro e belo: sua alma.

Pensando bem os Contos de Fadas não deveriam ser lidos só pelas crianças, mas, principalmente por nós, adultos. Seria uma forma de nos lembrar que, SIM, vale a pena ser honesto, fazer o bem, ajudar, embora tudo a nossa volta dê a impressão de que seja exatamente o oposto.

10 comentários:

Vivien Morgato : disse...

Eu tb escrevi sobre o Labirinto do Fauno: impressionante em vários aspectos, concordo com vc.
Sabe uma coisa que achei fantástica? A entrevista com os atores...estou acostumada ao papinho blbalalaba dos filmes norte americanos - que gosto, inclusive - e fiquei pasma com a profundidade da análise e com a articulação dos atores desse filme.
beijos.

Blog da Mélica disse...

Oi Ana!! No meu post de hoje convido você a participar do "FEEDBACK", respondendo a seguinte questão: "A coisa mais importante que aprendi ao longo dos anos?" através de um post em seu blog! Agradeço se desejar participar!;)
Beijão e um ótimo domingo!

Anônimo disse...

OI Ana tudo bem,nossa vc esvreve muito bem, e vc fique querendo para e uma coisa linda,suas inspiraçoes sao divina!otima semana!!bjimmmmm

Ana Paula Montandon disse...

Vivien,
eu acho que vou ter que alugar de novo o filme, porque não vi as entrevistas e agora fiquei curiosa!

Ana Paula Montandon disse...

Mélica,
será um prazer, vou tentar escrever algo ainda hoje!

Ana Paula Montandon disse...

Lucas,
Obrigada, volte sempre!

Anônimo disse...

oi sumida, kakakakak

Que post lindo Ana, que mensagem bonita essa sua e a sua visao sobre as coisas, as ligacoes que vc faz.

Grande beijo no seu coracao e obrigada pela visita.

Georgia

Ana Paula Montandon disse...

Georgia,
Todo este significado dos Contos de Fadas eu aprendi com a Professora Lúcia Helena, de Brasília. Ela é especialista neste assunto e em vários outros ligados à filosofia. Uma mulher maravilhosa. Obrigada pela visita também!

valter ferraz disse...

Ana Paula, não assistí ao filme, mas sei da importância em termos as nossas "histórias de fadas". Aguçam a imaginação e nos despertam para arealidade. Os tempos mudam, os homens não.
Beijo, menina

Ana Paula Montandon disse...

O tempo passa, os amigos voltam! Beijo, Valter!