Esta semana assisti “O LABIRINTO DO FAUNO”. Foi para mim uma história tão linda que suplantou o cenário triste e violento da Guerra Civil Espanhola e do drama vivido pela pequena Ofélia, a protagonista.
O filme tem todos os ingredientes necessários a um bom Conto de Fadas. Um conto de fadas dirigido ao público adulto, mas que faz-nos nostalgicamente retroceder no tempo e vivenciar esse universo mágico e rico que é o imaginário infantil.
Os contos de Fadas tradicionais foram transmitidos oralmente por várias diferentes culturas, e foram compilados e publicados pela primeira vez pelos irmãos Grimm em 1786. Dizem que eles saíam pelo interior da Alemanha e outros países da Europa, perguntando sobre pessoas que sabiam e contavam histórias para crianças. Diz-se que uma certa vez, descobriram uma senhora, já bem velhinha, que sabia muitos contos infantis antigos, e aceitou contar-lhes todos, contanto que os mesmos a visitassem todas as tardes para um chá. E assim foi feito. A cada tarde a senhora contava aos Irmãos Grimm, que anotavam palavra por palavra, muitas das histórias que hoje lemos aos nossos filhos.
Hoje se sabe que todos estes contos tradicionais baseiam-se em mitos mais antigos ainda, e possuem uma interpretação profunda, que representa o próprio caminhar da humanidade, a própria existência humana.
Os vilões, bruxas e criaturas do mal, por exemplo, representam as dificuldades e percalços que temos que enfrentar ao longo de nossa vida.
As fadas-madrinhas, gênios e outros personagens que sempre ajudam os heróis são os próprios poderes latentes do homem e a própria natureza, que põem-se em marcha, despertados pela vontade e coragem destes heróis diante dos problemas.
O “e foram felizes para sempre” não é uma visão míope e boba do amor romântico, mas a descrição do momento em que o homem vence seus próprios defeitos e apossa-se do que tem de mais puro e belo: sua alma.
Pensando bem os Contos de Fadas não deveriam ser lidos só pelas crianças, mas, principalmente por nós, adultos. Seria uma forma de nos lembrar que, SIM, vale a pena ser honesto, fazer o bem, ajudar, embora tudo a nossa volta dê a impressão de que seja exatamente o oposto.
21 agosto 2007
O esoterismo dos Contos de Fadas
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10 comentários:
Eu tb escrevi sobre o Labirinto do Fauno: impressionante em vários aspectos, concordo com vc.
Sabe uma coisa que achei fantástica? A entrevista com os atores...estou acostumada ao papinho blbalalaba dos filmes norte americanos - que gosto, inclusive - e fiquei pasma com a profundidade da análise e com a articulação dos atores desse filme.
beijos.
Oi Ana!! No meu post de hoje convido você a participar do "FEEDBACK", respondendo a seguinte questão: "A coisa mais importante que aprendi ao longo dos anos?" através de um post em seu blog! Agradeço se desejar participar!;)
Beijão e um ótimo domingo!
OI Ana tudo bem,nossa vc esvreve muito bem, e vc fique querendo para e uma coisa linda,suas inspiraçoes sao divina!otima semana!!bjimmmmm
Vivien,
eu acho que vou ter que alugar de novo o filme, porque não vi as entrevistas e agora fiquei curiosa!
Mélica,
será um prazer, vou tentar escrever algo ainda hoje!
Lucas,
Obrigada, volte sempre!
oi sumida, kakakakak
Que post lindo Ana, que mensagem bonita essa sua e a sua visao sobre as coisas, as ligacoes que vc faz.
Grande beijo no seu coracao e obrigada pela visita.
Georgia
Georgia,
Todo este significado dos Contos de Fadas eu aprendi com a Professora Lúcia Helena, de Brasília. Ela é especialista neste assunto e em vários outros ligados à filosofia. Uma mulher maravilhosa. Obrigada pela visita também!
Ana Paula, não assistí ao filme, mas sei da importância em termos as nossas "histórias de fadas". Aguçam a imaginação e nos despertam para arealidade. Os tempos mudam, os homens não.
Beijo, menina
O tempo passa, os amigos voltam! Beijo, Valter!
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